Full-Spectrum Thinking

O ponto central de “Full-Spectrum Thinking”, novo livro de Bob Johansen, do Institute for the Future, está na idéia de que precisamos mudar de uma perspectiva de categorias para um pensamento mais aberto, considerando um espectro mais amplo de possibilidades.

De forma individual, cada pessoa deixa de ser categorizada com um título ou função, para ser percebida a partir de múltiplas identidades, mais fluidas, com diversas camadas, tanto em espaços físicos quanto virtuais.

Isso pode trazer mais tranquilidade a quem hoje não consegue se definir de forma objetiva. Você tem dúvidas de como preencher aquele campo “profissão” em formulários? Sem problemas.

Para o mercado, o produto abre espaço para um espectro maior de negócios, se transformando em novos serviços, modelos de assinatura e transições entre essas possibilidades.

Dois pontos trabalhados por Bon Johansen merecem mais atenção:

1 Cada vez mais os mercados serão redes complexas. E na confusão da complexidade, a vantagem estará na “clareza” – clareza de saber para onde ir, mas muito flexível sobre como chegar lá – e a desvantagem na “certeza”. A complexidade traz muitas certezas, mas muitas delas falsas.

2 A solução para a complexidade está na diversidade. Equipes cuidadosamente formadas são mais capazes de resolver problemas complexos. Como ter rapidamente uma perspectiva mais ampla sobre problemas? Claro, pela soma de muitas perspectivas.

Uma equipe plural não é apenas uma forma mais ética e responsável de condução de negócios. É também uma condição para competitividade e inovação. Equipes formadas por semelhantes são mais ágeis, mas equipes diversas criam inovações mais robustas. 

Portanto, se sua equipe é formada por profissionais na mesma faixa etária, com o mesmo tipo de formação, mesmo gênero, mesma cor, que moram nos mesmos bairros, o futuro (breve) pra você talvez seja ainda mais complexo e confuso.