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Hit Makers

Reza a lenda que na década de 80, o produtor/baixista Liminha trouxe dos EUA, depois de uma turnê com os Mutantes, um livro com um título tipo “Como criar hits na música”. O livro era um presente para um amigo, o guitarrista Lulu Santos.⠀

É muito atraente a idéia de que um livro continha as fórmulas e ingredientes para mais de 30 anos de sucesso do maior hit maker brasileiro. Afinal, americanos tentam explicar tudo. Fica como uma lenda para ser contada nos estúdios e ensaios.⠀

Mas é possível criar um hit?⠀

Derek Thompson tenta responder essa pergunta revendo sucessos da música, design, cinema e diversos objetos de desejo. Essa não é uma busca solitária. Todos os anos indústrias investem seus milhões para tentar descobrir o que está por trás de um super sucesso.⠀

A iHeart Media, por ex, maior proprietária de estações de rádio FM nos EUA, também é proprietária do HitPredictor. O serviço tenta prever o potencial de sucesso de uma música. Trechos são tocados três vezes para um público online, sem mais informações, para testar seu potencial de sucesso.⠀

As notas são de 0 a 100 e uma média final de 60 pontos identifica as músicas com potencial de se transformarem em um hit. (“Hotline Bling”, com Drake, por ex, teve média 70,25).⠀

Mas o caminho para a criação de um hit não precisa ser necessariamente algorítmico. Quer lançar um produto de sucesso? Recorra ao método MAYA, ou “most advanced yet acceptable”.⠀

A idéia é simples: públicos orientam suas preferências a partir de uma mistura de complexo e simples, um estímulo depertado por coisas novas com certo conforto já familiar. Uma tensão entre ser surpreendido e o que já se conhece, um pouco de atração pelo novo, mas com certa resistência com aquilo com que não se está familiarizado.⠀

Ou seja, para vender algo familiar, torne-o surpreendente. E para vender algo surpreendente torne-o familiar. 

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Vale de Israel

Como um país fundado em 1948, sem recursos naturais, com tensões em todas as suas fronteiras, se tornou um líder global em áreas como segurança de computadores, biotecnologia, aeronaves não tripuladas, tecnologia de imagens médicas, internet das coisas, entre outras?

Sem dúvida, o principal recurso de Israel é seu capital humano. E muitos livros tentam resumir o caldeirão de influências que forjaram o país. “Vale de Israel” trata principalmente de um deles: Pesquisa e Desenvolvimento.

Pela impossibilidade de criar uma oferta massiva de produtos padronizados para seu pequeno mercado, o modelo israelense se concentrou em exportar ciência, pesquisa, engenharia e inovação. 

Quatro fatores seriam essenciais para o sucesso israelense em P&D:

– Universidades de excelência, concentradas especialmente no campo científico;

– Capital humano único em termos de experiência, resiliência, disciplina, habilidades e diversidade cultural;

– Sinergia muito forte entre academia e indústria. Cada universidade tem uma empresa de transferência de tecnologia, que em apenas um ano pode levar as inovações para o mercado;

– O Tsahal, exército israelense, que além de ser um catalisador de P&D, possui um modelo de hierarquia flexível, com mais autonomia, que se reflete no perfil profissional israelense. O serviço militar é obrigatório, por 3 anos, também para mulheres.

Se você busca um novo modelo de negócio, trabalho ou desenvolvimento de inovação, não pode perder de vista o que está acontecendo por lá.

“O Vale de Israel – O Escudo Tecnológico da Informação”. Edouard Cukierman e Daniel Rouach. Ed. BestSeller, 2020.

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Papo pro Futuro

Mais um papo sobre nossas perspectivas para o futuro e o trabalho na série criada por Flávio Dultra.

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Futuro. Ex-Futuro. Re-Futuro.

Convite do super empreendedor criativo Daniel Maior para uma live no Instagram sobre a idéia de “futuro”.

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De onde vêm as boas ideias

Todo mundo deve reconhecer a lâmpada como símbolo de uma boa idéia. Faz sentido se a gente pensar na iluminação que ela produz, mas pouco na sua forma.

Uma boa idéia é uma rede, um emaranhado, um enxame. E em sua maioria, não nasce pronta, e sim mal-acabada, ainda como intuição.

Steven Johnson discute nesse livro alguns padrões que mostram como intuições se conectam para formar idéias. Conexão é a palavra-chave porque intuições que não se conectam continuam sendo apenas intuições.

Por isso a importância dos cafés, papos no corredor, eventos, etc. Muitas vezes temos apenas intuições ou parte de uma idéia e precisamos buscar, nas intuições de outros, as partes que faltam às nossas.

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SCREAM

Painel “Futuro Inteligente: os próximos 20 anos”, discutindo futuro do trabalho, algoritmos e protótipos subversivos, dia 23, no Fera Palace Hotel, Rua Chile.

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