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Full-Spectrum Thinking

O ponto central de “Full-Spectrum Thinking”, novo livro de Bob Johansen, do Institute for the Future, está na idéia de que precisamos mudar de uma perspectiva de categorias para um pensamento mais aberto, considerando um espectro mais amplo de possibilidades.

De forma individual, cada pessoa deixa de ser categorizada com um título ou função, para ser percebida a partir de múltiplas identidades, mais fluidas, com diversas camadas, tanto em espaços físicos quanto virtuais.

Isso pode trazer mais tranquilidade a quem hoje não consegue se definir de forma objetiva. Você tem dúvidas de como preencher aquele campo “profissão” em formulários? Sem problemas.

Para o mercado, o produto abre espaço para um espectro maior de negócios, se transformando em novos serviços, modelos de assinatura e transições entre essas possibilidades.

Dois pontos trabalhados por Bon Johansen merecem mais atenção:

1 Cada vez mais os mercados serão redes complexas. E na confusão da complexidade, a vantagem estará na “clareza” – clareza de saber para onde ir, mas muito flexível sobre como chegar lá – e a desvantagem na “certeza”. A complexidade traz muitas certezas, mas muitas delas falsas.

2 A solução para a complexidade está na diversidade. Equipes cuidadosamente formadas são mais capazes de resolver problemas complexos. Como ter rapidamente uma perspectiva mais ampla sobre problemas? Claro, pela soma de muitas perspectivas.

Uma equipe plural não é apenas uma forma mais ética e responsável de condução de negócios. É também uma condição para competitividade e inovação. Equipes formadas por semelhantes são mais ágeis, mas equipes diversas criam inovações mais robustas. 

Portanto, se sua equipe é formada por profissionais na mesma faixa etária, com o mesmo tipo de formação, mesmo gênero, mesma cor, que moram nos mesmos bairros, o futuro (breve) pra você talvez seja ainda mais complexo e confuso. 

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Future Today Institute

Amy Webb, fundadora do Future Today Institute, apresentou no SXSW 2021 a 14ª edição do seu Tech Trends Report. 

O relatório é resultado de uma análise de quase 500 tendências de tecnologia e ciência em vários setores da indústria. Ao todo são 12 relatórios separados com tendências divididas por temas. Há ainda o que foi chamado de “Livro Zero”, com detalhes sobre a metodologia usada no trabalho.

Segundo o Future Today Institute, a proposta é trazer “percepções críticas para líderes de negócios, estratégia, governo e estratégia”.

Download disponível aqui.

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Cozinhas Fantasmas

O conceito de “cozinhas fantasmas” já está por aí há algum tempo, por volta de 5 anos. São cozinhas do tipo “delivery-first”, ou seja, voltadas exclusivamente para entregas. Com a pandemia de covid 19, esse modelo ganhou um novo patamar.

Nas cozinhas fantasmas não há mesas, garçons ou recepcionistas. Nenhum espaço para clientes. Os pedidos são entregues diretamente aos motoboys dos aplicativos de delivery. O modelo proliferou durante os lockdowns em todo o mundo e agora consultorias, como a Euromonitor, estimam um mercado de US$ 1 trilhão até 2030.

Para os restaurantes isso traz novos formatos de negócio, como aluguel de espaço em  cozinhas compartilhadas, onde operam diversas marcas, ou aluguel de cozinhas de hotéis e escolas de gastronomia em horários fora de pico. De um lado há a redução de custos com pessoal, mobiliário, espaço e serviços. Mas por outro vem a dificuldade na criação de experiências mais ricas e marcas fortes. 

Novos players estão investindo no link entre cozinhas já disponíveis e empreendedores. Um tipo de Airbnb das cozinhas fantasmas, para que chefs e empresários possam começar a operar rapidamente no mercado de delivery. Os principais são:

. Kitch – usekitch.com

. Zuul – zull.com

. CloudKitchens – cloudkitchens.com 

Esse último é uma startup de Travis Kalanick, fundador da Uber

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